Domingo, 22 de abril, estarei fazendo 33 anos. Jesus Cristo tinha 33 anos quando foi batizado e zilhões de coisas aconteceram com ele.
Quero esclarecer que, em momento algum, estou me comparando a Jesus que é incomparável, mas o fato é Jesus tem sido um elemento simbólico nesses últimos tempos, e tenho discutido erm terapia o simbolismo de fazer 33 anos, o nascimento da Sofia, a reforma em casa, no meu trabalho, a amamentação, o Grupo MATRICE e tantas outros fatos que me trazem um batismo!
E fiquei feliz. Porque, batizar, para mim, é nascer de novo! É o simbolismo de poder recomeçar, de novamente tentar, errar e acertar.
Quando eu tinha 15 anos imaginava que seria uma velha aos 33. E, nesse final de semana, onde aconteceram coisas especiais na vida do Mau (meu enteado que amo), ficamos eu, a Marina e o Mau conversando sobre crescimento, amadurecimento...enquanto a Sofia dormia, ainda manhosinha pela roséola que ela pegou (primeira doença que também é para o crescimento dela), e o João descansava depois do curso de Alquimia no final de semana e de atender um paciente que estava surtado durante todo o domingo, mas que saiu bem de casa, após nossa companhia e a terapia (um moço novo, muito triste com o final de um relacionamento).
Aí, pensei o quanto já fiquei como aquele rapaz, e o quanto o Maurício enfrenta os novos desafios de sua vida com uma maturidade invejável, quisera eu ter sido como ele... uma invejinha saudável.
Mas, não fui como ele! Sempre fui como eu (rs): intensa, apaixonada, exagerada. Daí pensei que é por isso que não me sinto velha aos 33 anos, pelo contrário: sinto como se tivesse nascido de novo, para uma nova vida. Me despeço dos 32 anos me sentindo mais jovem do que estava antes, mas com uma maturidade que desconhecia e que me permite hoje me despir de tantos preconceitos...
Passei o final de semana amamentando a Sofia, ao lado dela, vendo-a subir a escada de casa pela primeira vez no domingo, e percebi como a vida passa rápido, e é só ficar disponível que surge um grande prazer!
E, como tudo passa rápido, nem me dei conta que o dia 12 de abril passou. Uma data que era tão difícil de esquecer, uma certa festa da paixão que me deixou uma cicatriz da violência da qual fui vítima 09 anos atrás, e nem me dei conta. Que legal! Só ontem eu vi que dia 12 já tinha passado e que eu não tinha notado. Meu corpo notou porque sangrei, como em todos os anos, mas na minha mente, não teve espaço para uma comemoração tão mórbida como sempre ocorria.
- Dia 12 eu comemorei que a Sofia comeu fruta pela primeira vez, fez não com a cabeça, e passou a engatinhar certinho;
- Dia 12 eu comemorei que o Maurício deu um grande passo em sua vida;
- Dia 12 eu comemorei a alegria da Marina com o curso técnico e com os novos amigos;
- E dia 12 eu comemorei que meu marido cancelou os clientes dele e ficou comigo à noite comendo pizza, e nem me toquei o porquê!
Aí me dei conta: tudo passou e sou uma mulher melhor hoje.
Que seja assim sempre, é o sinal dos novos tempos...