20 setembro, 2012

Dos ciclos que se fecham


De repente, sem se dar conta do dia, da hora, de quando aconteceu, a gente percebe que um ciclo se fechou.
Nem tudo foi falado, mas também muitas coisas não precisavam ser ditas.
Simplesmente o choro diminui.
A angústia cessa.
As dúvidas dão lugar a certezas.
As brumas se dissipam.
E o sol volta a aquecer o rosto.
O calor do dia amanhecendo passa a ser acolhedor.
A nova palavra descoberta do pequeno transforma o dia em especial.
As compreensões e assertividades da menina trazem a fé de volta.
E ainda que a chuva caia, ela vem para frutificar a terra, para aplacar a secura.
Foto por Renata Penna
Assim, de uma hora pra outra, a esperança timidamente aparece bem lá na frente, ainda não perto como se queria, mas o suficiente para ver que sim, ela está ali adiante, ela não esmoreceu.
O corpo ainda cansa e ressente. Porém, a sensação de novos ventos abraçando o corpo traz alívio para a mente, refugo para a alma.
Ainda não se fincou o pé onde o olhar explanou um novo horizonte. Mas agora está mais perto de chegar.
E hoje a vida mais inteira com os aprendizados experimentados, com a intensidade vivida, vai dar espaço para os olhos voltarem a brilhar e o sorriso largo de novo tomar o seu lugar.

Um comentário:

Dani Garbellini disse...

Fico feliz em ler isso, Ana.
Sse cuida!
Bjs